A
BUSF-CPLP entende que cada país é soberano na tomada de suas decisões
territoriais e fronteiriças quanto a sua segurança dentro das leis, do direito
e obrigações geridas de forma responsável, mas sem deixar de cumprir tratados e
convenções internacionais.
Entretanto,
negociações e acordos firmados por governos ditos democratas, independente de seus
atuais governantes, devem cumprir e fazer cumprir princípios básicos
humanitários e de liberdade, dos acordos já internacionalmente firmados. Principalmente
quando esses acordos dizem respeito a princípios do Direito internacional e dos
Direitos Humanos ou Naturais – com o intuito de respeitar, proteger e garantir
o cumprimento de direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais,
ambientais e de preservação da paz para os seus cidadãos, imigrantes ou não ou
para refugiados de países em guerra, sem violar princípios e valores
fundamentais. Todos baseados nos Direitos Humanos.
O
atual governo federal dos Estados Unidos da América vem quebrando
sistematicamente acordos internacionais firmados quanto ao abrigo de refugiados
e à manutenção de imigrantes em seu território com decretos e ordens executivas
discriminatórias de: origem, religiosa e de étnica chegando ao ponto da
xenofobia.
Preocupa-nos
a posição intransigente deste governo, e quando dizemos governo não queremos
dizer nação, mesmo em seus assuntos internos quanto à política desenvolvida
para os estrangeiros, visto que essa interfere de várias maneiras e
constantemente em decisões de outras nações. Inclusive do não cumprimento dos
direitos humanos, o que começa a se espalhar em meio aos países ditos como mais
desenvolvidos.
Temos
visto que os Direitos Universais e as Garantias Fundamentais têm sidos
afetados, negligenciados e não cumpridos em vários de seus princípios, mesmo tendo
os Estados Unidos da América, baluarte da democracia e do Direito, assinado
acordos internacionais de respeito à vida.
Os
Estados Unidos da América, tido como um país livre e democrático deveria dar o
exemplo pelo cumprimento de acordos internacionais relevantes aos Direitos
Humanos sem prejuízo da sua segurança como território e de seu povo,
demonstrando que a superioridade deve ser demonstrada, primeiro em se cumprir
acordos entre países, seguindo-se pela preservação da vida e da dignidade de
seus cidadãos. Uma nação com todo o poderio militar e financeiro que possui os
Estados Unidos deveria manter as relações internacionais para o bem da
humanidade, fazendo a diferença para bilhões de pessoas em todo o mundo baseadas
simplesmente no direito à vida e suas garantias básicas.
O
que nos deixa a todos aliviados é que o governo federal/central americano não é
a opinião única naquele país. E pela constituição democrática em que esta nação
foi forjada, o Judiciário, o Legislativo e o Executivo Estadual possuem força e
autoridade para preservar direitos civis já adquiridos e sem prejuízo à sua
segurança interna.
Os
Estados Unidos da América como os demais países da América do Norte, Central,
do Sul e a da Oceania foram construídos por imigrantes estrangeiros de inúmeras
nacionalidades com suor de seus rostos e o sangue de suas mãos e pés por mais
de 500 anos de história, construção essa que ainda não terminou. Torna-se muito
fácil, hoje, um governo populista simplesmente fechar fronteiras culpando os
imigrantes que agora passam a ser indesejados, mas que são abertas para os seus
interesses quando a mão de obra e inteligência são fundamentais e necessárias para
construir ou reconstruir a sua nação, como estão até hoje fazendo os imigrantes
na cidade de New Orleans após a passagem do Furacão Katrina em 2005.
Porém
a Nação Americana e seu povo nunca serão superados pelo seu governo
Julio
Verna Neto
Diretor
de Relações Internacionais
BUSF-CPLP
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