domingo, 3 de abril de 2011

O Porque da criação de uma entidade como a BUSF-BRASIL


Um pouco mais de  650 municípios no Brasil dispõem de uma organização de Corpo de Bombeiros, alerta uma pesquisa realizada pela Agência Brasil, da Radiobrás. Isso representa um pouco mais de 11% dos 5.564 municípios no País, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Em algumas das cidades em que o Corpo de Bombeiros não está presente, cidadãos civis se organizam e formam brigadas de incêndio. Os chamados "bombeiros comunitários ou voluntários" recebem treinamento para atuar em casos de incêndio e acidentes. Contudo, na maioria dos municípios não há nenhuma dessas duas opções.

A pesquisa cita casos como a de Rio Piracicaba, em Minas Gerais. onde oito presos morreram em um incêndio na cadeia do município. Na cidade, com pouco mais de 14 mil habitantes, não há guarnição do Corpo de Bombeiros nem cidadãos treinados para a função de socorrista.

As leis sobre os serviços de bombeiros são estaduais. Não existe legislação federal que trate do assunto. De um modo geral, a legislação existente determina apenas que é obrigação do Estado prover o serviço, mas não define que uma cidade com um número mínimo de habitantes tenha obrigatoriamente uma corporação de bombeiros militar.

O Rio de Janeiro entre todos os estados brasileiros é o estado com a maior abrangência de Quartéis de Bombeiros. Dos 92 municípios existentes, 43 dispõem de um quartel, o que representa cerca de 47% do total.

Organizações privadas e ONGs, vem demonstrando interesse a arregaçando as mangas para organizarem-se em instituições de Bombeiros Voluntários com profissionais Civis das áreas de Prevenção e Combate a Incêndio e Socorristas do sistema 192 – SAMU que doam algumas horas de suas folgas para poderem atender as comunidades em suas regiões.
No mundo o sistema de bombeiros voluntários é extremamente respeitado e recebedor de incentivos por parte das populações, dos governos e das empresas privadas o que não se vê ainda aqui pelo Brasil.

Um dos grandes empecilho para esse desenvolvimento é a falta de apoio dos Oficiais comandantes das corporações de bombeiros dos estados e a falta de pulso firme dos governadores, achando que isso é mais uma briga de ONGs contra organizações governamentais.

Em muitas cidades podemos ver o notório sucateamento de materiais e equipamentos a falta de incentivos para treinamento e reciclagem de profissionais e o pouco interesse dos governantes em oferecer suporte financeiro às corporações que tem sob seu guarda-chuva de responsabilidade. Imagina então com as ONGs que se organizam com parcos recursos de seus próprios membros e algumas poucas doações.

A organização das Nações Unidas recomenda que tenha 1 bombeiro para cada 1.000 habitantes, de acordo com o censo de 2010 somente no estado de São Paulo seriam necessários nada menos que 41.000 bombeiros isso é óbvio se fossemos seguir a recomendação por baixo, pois na verdade o ideal são 1,5 bombeiros a cada mil habitantes o que faria saltar esse número de necessidades por mais de 60 mil bombeiros somente no Estado de São Paulo, quando na verdade temos apenas pouco mais de 9.800 bombeiros para atender os 645 município. Atenção devemos dar por exemplo ao Estado do Rio de Janeiro onde a corporação de bombeiros é independente da policia militar e que em apenas 92 municípios conta com uma presença de 18.000 bombeiros.

Em virtude dessa necessidade premente e observando-se as ocorrências cíclicas no âmbito de emergências de grande porte e catástrofes naturais, foi-se criada a Organização Bombeiros Unidos Sem Fronteiras – BUSF – BRASIL, para oferecer as comunidades atingidas por desastres naturais um maior suporte de resposta por parte da própria comunidade, já que os governos proferem não possuir mais condições de dar suporte adequado as emergências e isso se pode ver aqui no Brasil com as chuvas de princípio de ano e com os últimos desastres ocorridos no mundo.

É claro que nenhum país esta totalmente preparado para grandes catástrofes haja visto a maior potencia do mundo ter ficado de joelho quando da passagem do furacão Catrina em sua costa e o grande vazamento de petróleo no Golfo do México que gerou além dos prejuízos ambientais, prejuízos incalculáveis de cunho social para as populações locais. O desenvolvimento de tecnologias para o consumo desenfreado e o conforto do ser humano faz com que esqueçamos das conseqüências que isso pode gerar, uma evidência marcante e hoje mostrada para o mundo é a deficiência de tecnologia para conseguir resolver o problema da Usina Nuclear de Fukushima no Japão, problema esse que deixou de ser de preocupação japonesa e passou a ser mundial.

Assim a BUSF – BRASIL, mesmo sendo uma organização de criação regionalizada na cidade de São Bernardo do Campo, mas com ideais mundiais, esta sendo formada para se tornar mais uma muleta de ancoragem das populações atingidas. Sabemos que não seremos capazes de resolver toda a problemática mundial em questão de emergências, mas temos como meta mitigar necessidades e dirimir conseqüências antes, durante e pós tais ocorrências.

Para consecução de nossos objetivos, queremos contar com o apoio dos Órgãos Governamentais, a Classe Política, as Empresas Nacionais e Estrangeiras e com a sociedade organizada, para podermos juntos equipar e aparelhar essa instituição de
ação internacional.

Nenhum comentário:

Postar um comentário